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Vendas do varejo oscilam em MS, aponta Termômetro do Varejo

O varejo ampliado de Mato Grosso do Sul tem apresentado instabilidade. Após apresentar crescimento das vendas no acumulado de janeiro a julho de 2024, com alta de 0,4%, o setor registrou queda no acumulado de janeiro a agosto do mesmo ano, com recuo de 0,9%. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Os números reforçam que o quadro ainda é desafiador para essa segmentação que representa o conjunto de todas as atividades comerciais no Estado.

Já o segmento do comércio varejista, que desconsidera atividades mais específicas, como as vendas de veículos e materiais para construção, segue crescendo no acumulado do ano, com alta de 7,3%.

“O desempenho do comércio varejista, que desconsidera vendas de veículos, materiais para construção e atacadista de alimentação e bebidas, registra alta de 7,3% no acumulado do ano. O ano não acabou, contudo. Os próximos meses concentram datas importantes, sobretudo para o comércio, e serão monitoradas pelo Termômetro”, destacou a presidente da FCDLMS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), dra. Inês Santiago.

Complementando os dados do comércio, o Termômetro destaca os dados do setor de serviços, da indústria e agropecuária local. De acordo com o IBGE, no acumulado de janeiro a agosto de 2024, a produção industrial avançou 4,2% no Estado. Já o volume de prestação de serviços patina, com recuo de 5,9% na mesma base de comparação. O setor de serviços é o que apresenta a maior fatia do PIB estadual. Outro importante setor da economia local, a agropecuária, ainda enfrenta os efeitos da estiagem que afetou a região, provocando quebra de safra.

De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, projeta-se para 2024 uma queda de 16,3% no VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) do Estado, ante um avanço de 0,1% no País.


Crédito e inflação

Em Mato Grosso do Sul, o saldo de crédito para pessoas físicas alcançou R$ 89,5 bilhões em agosto de 2024, depois de perder o ritmo de crescimento no 2º trimestre do ano, conforme informações do BCB (Banco Central do Brasil). O avanço na comparação com agosto de 2023 foi de 7,3%, ligeiramente acima da média nacional (6,9%). Já a taxa de inadimplência calculada pelo BCB chegou a 4,1% em agosto de 2024. Essa taxa mostra o percentual do saldo de crédito que apresenta atraso acima de 90 dias.

Em relação à inflação de setembro em comparação ao mês imediatamente anterior, o resultado foi de 0,58%, de acordo com o IBGE. O detalhamento dos dados mensais mostra que a conta de energia elétrica residencial ficou mais cara: esse item, que faz parte do grupo de Habitação, registrou alta de 5,47%, refletindo a mudança na bandeira tarifária.
No acumulado dos 12 meses encerrados em setembro de 2024, o IPCA registrou alta de 4,5%.

Mercado de trabalho

De acordo com os dados do Caged, em Mato Grosso do Sul, o saldo de vagas formais de trabalho criadas em agosto deste ano foi de 1.975.

No comércio, o saldo de vagas criadas chegou a 594. Esses números resultam da diferença entre o total de admissões e o total de desligamentos ao longo do mês. Neste caso, o número de admissões foi de 8.452, enquanto o número de desligamentos foi de 7.858.

Analisando o saldo de criação de vagas no período de janeiro a agosto, observa-se que 24.089 postos formais de trabalho foram criados no período.

O setor de serviços liderou a criação de vagas, com saldo de 11.448, seguido pela indústria (6.575). No comércio, 3.172 vagas formais foram criadas desde o início do ano.

Somente em Campo Grande, o saldo de vagas formais criadas em agosto foi de 743. Já no comércio, 369 vagas foram criadas. O desempenho do setor resultou em 3.690 admissões e 3.321 desligamentos.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto de 2024, o saldo de vagas formais criadas na Capital foi de 7.753. A abertura dos dados por setor mostra que os serviços lideraram a criação de vagas em Campo Grande, com saldo de 3.683. Em seguida, aparece o setor de construção (1.672). No comércio, considerando o mesmo período, o saldo de criação de vagas foi de 859.

Exportações e importações

O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul, no acumulado de janeiro a setembro de 2024 foi de R$ 5,7 bilhões, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).

O valor positivo indica que as exportações do Estado superaram as importações no período. Observa-se, no entanto, uma queda na comparação com o saldo verificado entre janeiro e setembro de 2023, refletindo as dificuldades locais do setor agropecuário. Ainda assim, os produtos agrícolas dominam a pauta de exportações.

No período, a soja representou 35% do valor total exportado, enquanto a celulose representou 23%. Por fim, os principais destinos das exportações de Mato Grosso do Sul foram a China e os Estados Unidos.

Confira o PDF do Termômetro do Varejo edição de outubro: https://heyzine.com/flip-book/da3e37b98e.html

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