As vendas do comércio varejista de Mato Grosso do Sul registraram crescimento de 0,8%, em setembro de 2024 se comparado com o mês anterior, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As informações foram compiladas no Termômetro do Varejo.
Essa segmentação do varejo desconsidera as vendas de atividades comerciais mais específicas, como as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças.
No acumulado do ano, a alta foi de 6,4%. Essa visão compara o período de janeiro a setembro de 2024 com o mesmo período de 2023.
No varejo ampliado, que considera todas as atividades comerciais, as vendas também cresceram 0,4% na comparação mensal.
“Entramos na reta final de 2024. Ao longo deste ano, o Termômetro acompanhou a evolução dos principais indicadores do comércio de Mato Grosso do Sul e dos demais setores da economia local. Os dados do terceiro trimestre ainda serão divulgados. E não é um trimestre qualquer, sobretudo para o comércio, que tem pela frente semanas de muita movimentação”, ressaltou a presidente da FCLDMS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), dra. Inês Santiago.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) cresceu 4,9% em Campo Grande, no acumulado dos 12 meses encerrados em outubro de 2024. O IPCA é o índice oficial de inflação do país e aponta a variação média dos preços de bens e serviços tipicamente consumidos pelas famílias com renda entre 1 a 40 salários mínimos.
Observa-se que, depois de um período de queda expressiva, o IPCA vem oscilando em torno de 4,5% na medição local. Além disso, a variação dos preços em Campo Grande ficou acima da média nacional (4,7%).
Serviços e indústria
Os dados setoriais de Mato Grosso do Sul mostram que, de janeiro a setembro de 2024, a produção industrial cresceu 5,2%, acima da média nacional, que registrou avanço de 3,1%. Em 2023, a produção industrial recuou 0,8% no Estado.
As projeções para o setor agropecuário seguem afetadas pela quebra de safra. De acordo com dados do IBGE, projeta-se um recuo de 29,3% na produção de grãos de Mato Grosso do Sul, ante um recuo de 6,9% no país como um todo.
O setor de serviços também exibe um desempenho negativo: o recuo foi de 6,4% no acumulado do ano. Pela série histórica, observa-se que o setor teve uma recuperação rápida depois do primeiro impacto da pandemia, mas vem oscilando desde meados de 2022.
Exportações e importações
De acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), o valor exportado por Mato Grosso do Sul chegou a US$ 8,7 bilhões, considerando o acumulado de janeiro a outubro de 2024.
Os dados acumulados mostram uma queda de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 2,4 bilhões, com recuo de 4,1% no acumulado do ano.
Apurado como a diferença entre o valor das exportações e o valor das importações, o saldo da balança comercial foi de 6,3 US$ bilhões. Os resultados do setor externo mostram uma queda de 30,8% no valor exportado pela agropecuário, enquanto a indústria de transformação registrou alta de 27,1%.
Emprego e mercado de crédito
O saldo de vagas formais de trabalho criadas na economia de Mato Grosso do Sul foi de 1.912, em setembro de 2024, de acordo com dados do Caged. Ao longo do terceiro trimestre, o saldo de vagas criadas chegou a 4.995 no Estado.
O saldo de vagas resulta da diferença entre o total de admissões e o total de desligamento no período considerado. A abertura dos dados por setor mostra que o setor de Serviços lidera a criação de vagas em Mato Grosso do Sul, com saldo de 1.094 em setembro de 2024.
Em seguida, aparece o Comércio (653) e a Indústria (647). Analisando o estoque total de empregos formais no Estado, independentemente da data de criação, observa-se um total de 684 mil de empregos formais. De janeiro a setembro de 2024, o número de empregos formais cresceu 4,0%, ligeiramente abaixo da média nacional (4,4%).
Os dados do Caged referentes a Campo Grande mostram que, em setembro de 2024, 818 vagas formais foram criadas. Os serviços lideraram a criação de empregos formais no Estado em setembro, com 494 vagas formais criadas. Em seguida, aparece o comércio, com saldo de 273.
Em relação ao crédito, a última edição do Termômetro analisou a evolução do crédito a Pessoas Físicas em Mato Grosso do Sul. A presente edição destaca a evolução do crédito a empresas.
De acordo com dados do Banco Central do Brasil, o volume de crédito concedido a esse segmento segue crescendo a um ritmo expressivo e chegou a R$ 33,2 bilhões. Na comparação entre setembro de 2023 e o mesmo mês de 2024, o avanço em termos percentuais foi de 11,0%, acima da média nacional, que registrou crescimento de 3,2%.
A taxa de inadimplência bancária também cresce, ainda que lentamente. Essa taxa representa o percentual do saldo de crédito com atraso superior a 90 dias e alcançou 3,2% em setembro de 2024.
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