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Termômetro do Varejo: apesar de queda em julho, vendas do comércio varejista acumulam alta de 7,9% no ano

De janeiro a julho de 2024, as vendas do comércio varejista cresceram 7,9% se comparada com o mesmo período do ano passado. Somente no mês de julho, houve queda de 2,8%.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e compilados no Termômetro do Varejo, da FCDL-MS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul).

Se analisar o varejo ampliado, em julho, a queda foi de 4,8% e no acumulado do ano teve crescimento de apenas 0,4%. O varejo ampliado reúne todas as atividades segmentadas pelo IBGE, enquanto o comércio varejista desconsidera segmentos mais específicos, como veículos e materiais para construção.

“O varejo do estado mantém o crescimento no acumulado do ano, apesar do recuo mensal. A segmentação do varejo ampliado, que reúne todas as atividades comerciais, registrou uma alta discreta no acumulado de janeiro a julho. É um fato a ser comemorado porque sinaliza o início da retomada de segmentos importantes do comércio não considerados no conceito do comércio varejista – as vendas de veículos, materiais para construção e atacadista de alimentação e bebidas”, destacou a presidente da FCDL-MS, Dra. Inês Santiago.

A atividade do setor com maior representação no PIB de Mato Grosso do Sul, o de serviços, segue registrando queda no acumulado do ano. Entre janeiro a julho deste ano, o recuo foi de 4,7%.

A desaceleração da prestação de serviços reflete as dificuldades do setor agrícola, onde se projeta uma queda 25,7%, ante recuo de 6,0% da produção nacional. A quebra de safra é consequência da longa estiagem que afeta a região Centro-Oeste do País. Já a indústria exibe recuperação, depois de acumular um desempenho negativo em 2023.

No acumulado do ano, o setor industrial registra alta de 2,6% no estado, ante um crescimento de 3,2% na produção industrial do País.

Mercado de trabalho

Segundo dados do Caged, neste ano, 22.092 vagas formais de trabalho foram criadas em Mato Grosso do Sul. Esse número resulta da diferença entre o total de admissões e o total de demissões observadas no período.

No setor do comércio, esse número chegou a 2.567. O setor de Serviços liderou a criação de vagas, com saldo expressivo de 10.172 vagas criadas no acumulado do ano.

O total de empregos formais no Estado, independentemente da data de criação, chegou a 680 mil em julho de 2024, sendo que 22,7% do total é empregado pelo setor do comércio.

Em relação a Campo Grande, os dados mostram que, de janeiro a julho de 2024, 7 mil vagas formais foram criadas no conjunto de todos os setores da economia. O setor de serviços liderou a criação de vagas, com 3.473 vagas formais; e no comércio, 487 vagas foram criadas nesse período.

Ainda de acordo com o Caged, a Capital registra ao todo 248,5 mil contratos formais de trabalho, independentemente da data de criação. Do total de empregos formais, 24,7% são contratos de trabalho firmados com o comércio local.

Mercado de crédito e IPCA

Em julho de 2024, o saldo de crédito a Pessoas Físicas chegou a R$ 88,6 bilhões em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do BCB (Banco Central do Brasil). No segmento de crédito às empresas, o saldo chegou a R$ 32,9 bilhões.

Esse número representa o valor em aberto, vencido ou a vencer, das operações de empréstimos e financiamentos feitas através do SFN (Sistema Financeiro Nacional).

Os dados do Estado mostram que o crédito avança nos dois segmentos, com avanço expressivo do crédito a PJ (18,8%). Os recursos destinados às empresas servem para fomentar o investimento nos negócios.

A taxa de inadimplência bancária, que avalia a proporção do saldo de crédito com atraso de mais de 90 dias, mostra aumento desses atrasos nos dois segmentos na comparação entre julho de 2024 e julho de 2023.

Dados do IBGE mostram que, no acumulado dos 12 meses encerrados em agosto de 2024, o índice oficial de inflação (IPCA) acumula alta de 4,3% em Campo Grande.

O grupo de bens e serviços relacionados à educação registrou um crescimento médio dos preços de 7,2%. Em seguida, aparecem os itens de vestuário, com alta de 6,7%. Na outra ponta, os itens de artigos de residência registraram variação de 0,9%.

Exportações e importações

As exportações de Mato Grosso do Sul registraram queda na comparação entre o período de janeiro a agosto de 2024 e o mesmo período do ano anterior. Em 2023, as exportações alcançaram U$S 7,4 bilhões de janeiro a agosto, ante U$S 6,9 bilhões de 2024.

Os dados de importações também mostram recuo neste ano, passando de U$S 2,0 bilhões de janeiro a agosto de 2023 para 1,9 bilhões no mesmo período de 2024. Com isso, o saldo da balança comercial recuou 5,4%.

Confira o panorama completo: https://heyzine.com/flip-book/2400fe64dd.html

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