Foi o varejo de consumo (bebidas, comidas), que segurou os números de 2023, afirma Inês Santiago
O setor do comércio varejista em Mato Grosso do Sul, mesmo sendo o que mais emprega com cerca de 28 mil empregos formais em 2023, teve um número expressivo de queda no varejo ampliado em 16,4% no ano passado. A presidente da Federação das Câmaras Lojistas de MS (FCDL-MS), Inês Santiago, vê com preocupação essa situação.
Importa destacar a diferença entre varejo ampliado e varejo restrito. O primeiro contempla todos os produtos que são de consumo direto: alimentação, medicamentos, roupas, etc, ou seja, bens de consumo não duráveis. Já no varejo ampliado estão incluídos os bens duráveis: carro, materiais de construção e pecas automotivas, por exemplo.
“O varejo de consumo foi o que se manteve em alta, mas não vimos o brasileiro comprando bens duráveis. Ele teve dificuldade de crédito, o ganho dele estava muito baixo para assumir compromissos financeiros maiores, ou seja, ele não comprou bens de valor agregado. Foi o varejo de consumo (bebidas, comidas), que segurou os números de 2023”, analisou.
Para a presidente da Federação das CDL’s de MS o setor do varejo carrega o Brasil, sendo o maior empregador do país, contudo, não recebe o reconhecimento que merece.
“Temos que apoiar o setor que ajuda o nosso país a crescer para que todos cresçam juntos. Nesse particular, vamos cobrar um diálogo com o governador, Eduardo Ridel, cujas promessas foram feitas durante a campanha, a exemplo do ajuste da pauta fiscal, pois, sem esse ajuste nossas empresas continuarão sem competitividade e nosso consumidor sem qualidade de vida, finalizou Inês Santiago.