O mercado financeiro revisou para baixo a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, passando de 4,51% para 4,49% em 2023, de acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Para 2024, a estimativa permanece em 3,93%, enquanto para 2025 e 2026, as projeções são de 3,5% em ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A projeção para 2024 também está acima do centro da meta estabelecida em 3%.
“O aumento nos preços dos alimentos em novembro impactou a inflação, que atingiu 0,28%. A inflação acumulada no ano é de 4,04%, enquanto nos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,68%”. Ressaltou a Doutora Inês Santiago.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) para controlar a inflação, fixada em 11,75% ao ano. A expectativa do mercado é que a Selic encerre 2024 em 9,25% ao ano. Quanto ao crescimento econômico, as instituições financeiras mantiveram a projeção de 2,92% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,51%, enquanto para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta uma expansão do PIB em 2% para ambos os anos.
A cotação do dólar é prevista em R$ 4,93 para o final de 2023 e R$ 5 para o final de 2024.