“Cerca de 60 bilhões de reais foram gerados pelo setor só no primeiro semestre do ano passado, então não é o momento de pensar em encerrar o Programa”, avalia a presidente da Federação da Câmara de Dirigente Lojistas de MS, Inês Santiago
O setor do entretenimento é um dos maiores geradores de lucro do mundo e, por isso, recebe em 2024 um investimento de mais de 176 milhões do governo de Mato Grosso do Sul distribuídos em cerca de 100 eventos e ações culturais. É quase o dobro do ano passado, que foi algo em torno de 82 milhões. A Federação da Câmara de Dirigente Lojistas de MS (FCDL/MS), por meio da presidente da entidade, Inês Santiago, vem apoiando e criando ações com o setor há décadas fortalecendo artistas e empregadores ainda mais durante a pandemia, assim acredita que não é viável encerrar o Perse (Programa Emergencial de Retomada dos setores de eventos e turismo).
O Programa está na mira do governo federal para chegar por meio da Medida Provisória (MP) 1.202/2023. “Veja bem, o setor de eventos gerou ano passado mais de 18 mil empregos no Brasil, ou seja, é um dos maiores empregadores brasileiros. Isto é, desde o garçom até a apresentação principal, seja teatro, dança, literatura ou música, além do trabalho informal, são afetados diretamente pelo setor e trouxeram cerca de 60 bilhões de reais só no primeiro semestre do ano passado”, avaliou a presidente Inês Santiago.
Para a presidente da FCDL-MS, ainda não é o momento de se discutir o encerramento de um programa criado para ajudar a mitigar os prejuízos do setor de eventos durante a pandemia que foi o primeiro a fechar e o último a abrir. Inês aponta que o Perse, regulamentado pela Lei 14.148, sancionada em 3 de maio de 2021, prevê benefícios fiscais, como a isenção do pagamento de impostos federais e redução de até 100% dos juros e multas sobre débitos e não afeta o executivo, pelo contrário, os beneficia.