“O que gera emprego é o desenvolvimento econômico impulsionado por políticas públicas favoráveis, não é a redução da jornada de trabalho, como quer a PEC”, disse a presidente da entidade, dra. Inês Santiago
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim da escala de trabalho 6×1 pode impactar na produção e aumentar os custos operacionais da empresa. É o que avalia a presidente da FCDLMS (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul), dra. Inês Santiago.
“A possibilidade de mudar a escala de trabalho é um risco para a estabilidade financeira das empresas. O que gera emprego é o desenvolvimento econômico impulsionado por políticas públicas favoráveis, não é a redução da jornada de trabalho, como quer a PEC. A mudança vai gerar custos adicionais e impactar até mesmo na produção. Com isso, o empregador teria que contratar mais trabalhadores, onerando a sua folha, para dar conta da mesma demanda diária e, consequentemente, terá que fazer cortes em outras áreas da empresa”, pontuou dra. Inês.
O assunto foi bem comentado nas redes sociais na semana passada. O objetivo do projeto é reduzir a jornada de trabalho sem afetar os salários ou benefícios dos trabalhadores.
A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) elaborou uma PEC, que está em processo de coleta de assinaturas para ser apresentada no Congresso Nacional. Dos oito deputados de Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira (PSDB) e Camila Jara (PT) se mostraram a favor do projeto.
A jornada 6×1 é a que o funcionário precisa trabalhar seis dias durante a semana para ter direito a um dia de folga. A proposta quer adotar jornada 4×3 no País, na qual os trabalhadores passariam a ter quatro dias de trabalho seguidos de três dias de descanso.
Além disso, existe a PEC 221/2019 que já está em trâmite no Congresso Nacional, mas está engavetada. Caso essa nova proposta consiga 171 assinaturas, será apensada à PEC de 2019.