“Precisamos proteger nossas crianças e adolescentes. Combater a causa do problema e não apenas seus efeitos nefastos. Essas famílias precisam receber assistência social, financeira e psicológica com vistas a entenderem que a exploração de seus filhos não é um meio de vida. O terceiro explorador deve ser identificado e responder criminalmente por isso”, destacou a presidente da entidade, dra. Inês Santiago
A presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL-MS), dra. Inês Santiago, participou de uma audiência pública no Ministério Público do Trabalho (MPT-MS), que visa coibir o trabalho infantil nos bares e restaurantes de Campo Grande. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (30).
O Conselho Tutelar percebeu a presença dessas crianças trabalhando e informou ao órgão. Agora o desafio é criar soluções viáveis para combater a exploração de crianças e adolescentes.
Na ocasião, dra. Inês demonstrou a importância para que todos os atores envolvidos participem desta ação.
“Nós temos que começar essa caminhada, fazendo um trabalho abrangente, com a participação da Polícia Militar, Polícia Civil, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Secretaria de Assistência, além de bares e restaurantes, pois, o setor conhece melhor como funciona essa realidade na noite. De modo geral, a polícia já sabe quem são os exploradores que veem se aproveitando dessa mão de obra infantil”, pontuou.
A presidente da entidade destacou ainda que é necessário elevar o nível de consciência das famílias e oferecer ajuda para saírem desse ambiente nefasto.
“Essas famílias precisam ser assistidas a ponto de entenderem que esse não é um meio de vida. É necessário elevar o grau de consciência para que essa mãe e esse pai entendam que seus filhos não podem ser sujeitados a uma condição que os colocam em risco e constrangimento e afeta o seu desenvolvimento.”
O Procurador Regional do Trabalho, Paulo Douglas Almeida de Moraes, concluiu salientando que o intuito é conseguir uniformizar um protocolo de abordagem junto aos estabelecimentos, com a divulgação de material de esclarecimento e que fazem os clientes se posicionarem contrários a aquisição dos produtos vendidos por crianças e adolescentes, tais como informações em banners e jogos americanos de mesa desses estabelecimentos.