A pesquisa realizada pela CNDL/ SPC Brasil mostra que 44% já tiveram redução da renda familiar
Entre os entrevistados que acreditam que a situação financeira piorou em 2021, 60% consideram que não houve aumento do salário/ rendimento, na mesma proporção dos preços dos produtos e serviços. Já 44% tiveram redução da renda familiar e 35% responderam que ficaram desempregados, ou que alguém da casa perdeu o emprego.
Sobre experiências financeiras vivenciadas no ano passado, 40% dos entrevistados tiveram que renunciar a produtos ou serviços que compravam e 32% fizeram uso de alguma reserva de dinheiro que tinham. Em 2019, antes da pandemia, 24% haviam respondido ter ficado meses com as contas no vermelho, em 2021 esse número passou para 31% e 25% afirmaram estar desempregados.
A presidente da FCDL MS – Federação da Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul, Inês Santiago, destacou a importância dos dados apontados pela pesquisa da CNDL/ SPC Brasil. “Mostra que é urgente a implantação de ações e políticas públicas que contribuam com uma verdadeira retomada econômica, com geração de emprego, renda e a volta do poder de compra da população e aquecer a economia em todo o país”.
Impactos Covid-19
Para 77% dos entrevistados, a vida financeira familiar sofreu impacto da pandemia e 22% garantem que não.
O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca que apesar de o cenário de vacinação avançada trazer alívio, as consequências econômicas e sociais da pandemia impactam no crescimento do país e na renda da população.
“O desemprego elevado é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes desafios a serem enfrentados pelo país e isso está ligado diretamente ao retorno do crescimento econômico, que ainda não alavancou. A renda da população foi fortemente afetada nos últimos dois anos e isso, somado aos preços elevados, traz insegurança para as famílias”, aponta Costa.