A CNDL e o SPC Brasil divulgaram pesquisa que mostra o percentual de consumidores que compram via internet, em todo o Brasil. De acordo com o levantamento, 33% da população adquiriram algum produto nos últimos 12 meses.
O estudo também apontou que smartphones e eletrônicos foram os itens mais comprados e que, 62% dos consumidores entrevistados pesquisam produtos usados antes de comprarem um novo.
Para a presidente da FCDL MS – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul, Inês Santiago, a pesquisa retrata a atual situação econômica do Brasil. “Com a pandemia e o orçamento familiar cada vez mais reduzido, o consumidor tem se adequado a esta nova realidade e busca alternativas para a realização do sonho, ou a compra de produtos que esteja necessitando, ou mesmo para gerar recursos para quitar dívidas”.
Inês destacou que o desapego tem sido pregado por muitas pessoas, gerando a oportunidade de aquisição de produtos usados via internet. “É na internet que os produtos usados estão sendo anunciados e como a população está ainda mais conectada, acaba encontrando as mais variadas ofertas”.
Ranking
Segundo a pesquisa, a lista dos objetos usados mais adquiridos via internet é encabeçada por celulares ou smartphones, com 34% dos entrevistados. Eletrônicos e livros aparecem nos estudos com 26%, seguidos por eletrodomésticos com 25% e roupas e sapatos, com 24%.
Outro dado importante mostrado pelo levantamento é que uma parcela significativa de consumidores digitais estão se desfazendo de objetos sem uso, especialmente para gerar renda extra.
Entre os entrevistados, 63% afirmaram que possuem itens sem uso em suas residências, que poderiam ser vendidos. Além disso, 80% possui interesse na venda, considerando que 44% afirmou que venderia para comprar outros itens, 32% gostaria de guardar o dinheiro e 27% pagar dívidas.
O estudo também apontou que o consumidor acredita que comprar itens usados pela internet é uma questão financeira, sendo que 77% destacaram a economia de gastos nas transações. Já 33% apontaram preocupação em consumir de forma sustentável e consciente, enquanto 28% revelaram passar por dificuldades no orçamento, o que justifica a prática como forma de adquirir produtos a preços acessíveis.
De acordo com os entrevistados, os lugares de compras mais citados foram sites especializados (75%), comunidades na internet ou redes sociais (47%) e aplicativos (21%).
A CNDL e o SPC Brasil usaram a seguinte metodologia: Homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas, e que realizaram compras pela internet nos últimos 12 meses. Método de coleta: Pesquisa quantitativa com coleta de dados via web através de painel de internautas, com o uso de questionário estruturado para autopreenchimento.