FCDL-MS propõe redução nos custos de energia que contempla todos os perfis de empresa, da baixa a alta tensão
Mato Grosso do Sul deve registrar a segunda maior alta na tarifa de energia elétrica do país, com reajuste estimado de até 9%, segundo levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee). O aumento previsto é de R$ 18,03 por megawatt-hora (MWh), ficando atrás apenas do Pará, com R$ 19,45 por MWh. O impacto é resultado dos vetos à lei que estabelece diretrizes para a geração de energia eólica offshore e pode adicionar R$ 545 bilhões às tarifas em âmbito nacional, o equivalente a 25 anos de bandeira vermelha 2 — o patamar mais elevado das contas de luz.
Para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL-MS), o momento da economia torna esse reajuste ainda mais preocupante, especialmente para o setor produtivo. “Trata-se de um insumo fundamental para a operação das empresas e, diante do atual cenário econômico, qualquer elevação nos custos de produção tende a comprometer a sustentabilidade dos negócios e a pressionar os preços ao consumidor”, afirma a presidente da entidade, Inês Santiago.
A FCDL-MS defende a adoção de medidas que amenizem o peso da energia elétrica sobre os empreendedores, sejam de pequeno, médio ou grande porte. A proposta da entidade contempla reduções tarifárias que considerem os diferentes perfis de consumo, tanto em baixa quanto em média e alta tensão.
Inês Santiago também destaca que a discussão sobre os encargos e tributos na fatura de energia precisa ganhar espaço no debate público. “O DLI — Dia Livre de Impostos — evidencia justamente esse problema. A alta carga tributária que incide sobre a energia é uma das principais responsáveis pelos custos elevados que impactam toda a cadeia produtiva e, inevitavelmente, recaem sobre o consumidor final”, pontua.
A Federação segue acompanhando os desdobramentos do reajuste e reforça seu compromisso em representar os interesses do setor varejista, com alternativas para tornar o ambiente de negócios mais competitivo e equilibrado. Mais informações sobre propostas de redução podem ser obtidas através do (67) 9 9919-7920.
Por Djeneffer Cordoba – Jornalista